a poesia é um sintoma, não a doença
a fragilidade do corpo em ansiedade
o mundo é cada vez mais uma auis raris
os gestos foram riscados do mapa
é tudo tão difícil, tão difícil...
o mundo despreza as pessoas
um ninho de ovos, crianças podres
o rosto a torcer-se em psicose
homem escolho derrubado com gritos
o coração é uma caverna convulsa
as paredes pinchadas de sangue
dar de comer lenha ao fogo
morfologia de monstros e de micróbios
o mundo não tem interesse nas pessoas
as comissuras da boca em desânimo
a traqueia estrangula-se de depressão
dantes não era tudo tão negro
já nem me lembro da vida
é no silêncio que o terror rebate o eco
o sol enferrujou no horizonte
e amanhã recuso-me a acordar
4 comentários:
Cada vez melhor. Gosto desta escrita.
Beijinhos
Van
quando é que me mandas a peça?
já fiz um contacto.
beijuus
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