6.7.07

poema á duração (depois de peter handke)

os ponteiros do relógio
são gotas de chuva

a casa é grande, não assombrada,
cheia de gritos vindos da infância
e espartilhos morais

debruço-me com cabisbaixo
sobre as páginas escritas

e vez em quando olho-me
naquele espelho pequenino,
faz anos que isso faço

o espelho é aquele
rio de heracilto
pendurado na parede
embora eu sinta e seja
tudo na mesma
(um homem derrubado)

2 comentários:

rafael disse...

este poema é de 15 ed junho, escrito na casa dos meus avos em vale do paraiso azambuja,. fico lá sempre e neura

Anónimo disse...

nhec!