nascimentos grandes ferros
as pessoas quando sofrem
energias más, signos, suicídios
caminhos de ferro na noite
olhos cheios de monstros
uma revolta surda-muda
sonhar que temos asas, voamos
as ondas reflexos luzinhas
e um avião de passageiros despenhado
o exercício do medo prossegue
a resistência psíquica cede
a imaginação viaja cordilheiras
as estradas vão para longe
o caminho não é por aqui
o caminho ainda não existe
a caixa negra do absurdo
uma última paragem de autocarro
um balde cheio de doenças
m aquário onde os moribundos
caminhos podres, espectrais
e uma fechadura secreta.
4 comentários:
como sempre: gosto muito!
beijinhos, miúdo giro.
conchinha
Muito bom. Este e o anterior. ;) sempre em forma.
beijinho
Falas dessa caixa negra, dizes que é absurda. Para mim, já não é absurda, é ridícula. A chave é secreta mas existe.
um abraço daqueles
gostei.**
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