caminhar no escuro é automóveis
um cão morto, um saco do lixo
sonhos, ufologia, relicários
cravar cigarros a desconhecidos
emparedados em casa
tomar muitas vezes banho
os astros foram perturbados
ao fim de tantos prédios
esquina pintada de cidade
a morte a ferver na panela
água a escorrer das rochas
o mar de ondas tranquilas
música com silêncios significativos
céu esponjoso, muro branco
gaivotas planam latindo
a lua nasce, finíssima e deitada,
bêbados aos montes, aos gritos
mais que verme, menos que cão
a paisagem desanimada de árvores
passam pessoas muito felizes
largas caminhadas para estafar o desespero
o sol parece forte
mas tem cancro
um cão morto, um saco do lixo
sonhos, ufologia, relicários
cravar cigarros a desconhecidos
emparedados em casa
tomar muitas vezes banho
os astros foram perturbados
ao fim de tantos prédios
esquina pintada de cidade
a morte a ferver na panela
água a escorrer das rochas
o mar de ondas tranquilas
música com silêncios significativos
céu esponjoso, muro branco
gaivotas planam latindo
a lua nasce, finíssima e deitada,
bêbados aos montes, aos gritos
mais que verme, menos que cão
a paisagem desanimada de árvores
passam pessoas muito felizes
largas caminhadas para estafar o desespero
o sol parece forte
mas tem cancro
1 comentário:
Pois é rapazola, quem diria que além de grande prosador também és poeta (repara que não uso o termo 'poetaço'). Muito bom. Chega? é que não me apetece fazer análise textual, deixo isso para as aulas e para os trabalhos.
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