21.11.09

os ossos sombrios






poliedro, esquadro e melancolia
os ossos tornaram-se úmbricos
húmidos de existência e esgar

um labirinto já adulto
recordação de infância batida
planície já muito cansada
e um comboio de pedras

torres de babel
espiral de fumo branco
animal mitológico acorrentado
depois do depois, mais além,
ave de rapina no plenilúnio
o jardim respira noite

uma flor nefelibata
o céu sarampo de estrelas
a mão sonha quando escreve
reflexo como no metal
os olhos cor-de-morte

um pequeno lago onde rãs
corria feliz por entre o nada
com os ossos sombrios

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido J.
grande poema!
Lembras-te de mim? tenho tantas saudades tuas pá! catarina (manda uma sms oh giraço)continuo por paris a terra do bordel vaginal!!saudades tuas! muitas mmm mmmm
brrrrrrrrrrrrrr

rafael disse...

beijinhos e muitas saudades,
obrigado pelo comentário

muitas francesinhas é o que te desejo, evidentemente