30.11.06

roadside bomb

vidros violinos: isso é espirais. isso é espirais. sim, vidros violinos isso é espirais.
intrapsíquico: isso é a raiva e a ressonância, os dentes das engrenagens, a rotação e a raiva. isso é espirais.
esse cataclismo mecanismo, esse fundamentalismo por ser fábrica, essas passadas energéticas, esses nervos violinados, , isso é espirais, mas não são fausto.
tu és um instrumento cadáver, uma música morte brota por entre os railes do tempo, do teu corpo, do tempo, tanto faz, aos tropeções, aos arranques, aos assobios, só quando a raiva é pressão demónios, é que, só quando a raiva é possessão. os dentes das engrenagens, a contracção espasmódica, um motor, esse fundamentalismo de ser fábrica, e a possessão.
vidros violinos: isso sim é espirais, esses entrelaçam-se brutamente, esse som invade persepolis e os ouvidos, essas civilizações de cancro todas metidas na violência, dentro das pedras goelar, gritar as fúrias, goelar as fúrias, gritar, porque no seu tempo era a guerra, porque nesse tempo era mecanismos a guerra, a contracção espasmódica de um motor, esses apetrechos com gente morta na ponta, essas valetas cheias de civis, essa raiva que só apetece essa tão raiva, essa multidão noites archotes acrobatas multidão em redor do que ritual tem que sair, que ritual tem que sair cá para fora explosão.
o sangue era compulsivo, esses corpos com pernas e braços espetados eram necessários, esses currais com vivos empurrados corredor lâmpadas em cima corredores cá lá do fundo da noite, dos restos da noite, com corpos com pernas e braços espetados eram necessários.
aos arranques, aos iludidos, aos gritunchos, às histriónicas, às nervosistas, porque rir histerias, à pressão, um histrião desmembra-se para o chão, já demasiado som barulho, já demasiado barulho, mas sempre e só já demasiado barulho, porque quando debaixo das pedras, os demónios quando abres e desgravidam as pedras, e por baixo das pedras essa força forte que vem do primordial era o corredor depois estava a afunilar, sempre a afunilar, e lá dentro um círculo primata, os desmembrados queriam correrias e corredores, eu entusiasmo, eu entusiasmo, alegria tão grande com isso um riso louco sorriso, um riso de olhos esbugalhados, os olhos planetas fora das órbitas, era ver tudo violência, a alegria era tão que explodia, que era tão que para além do corpo para todos os lados,
vidros violinos: isso é espirais, vidros violinos isso é estribilhos, as pedras cheias de estrilhos, com archotes na mão isso maleficiência, o sangue era compulsivo, esses apetrechos com gente morta na ponta, essa multidão que muitos archotes acrobatas, esse ritual ter que sair. vidros, violinos, a estilhaçarem-se, vidros violinos é a possessão quando a raiva e a possessão, as letras amotinam-se depressa, como pessoas furiosas a saltarem para a morte, esses apetrechos com gente morta na ponta, essa multidão que noites archotes acrobatas esse ritual tem que sair, em ritual tem que sair, vidriolinos, vidriolinos,
os projécteis lambiam as ruas e escondiam-se nas pessoas que transeuntes, como se fossem polvos de pólvora, como se fossem vidros de vida, como se fossem ramos de radiação, como se fossem relva de vidros, dois pontos: músculos no muro, sangue civil, com tanta raiva a escrever, com tanta raiva a atacar dentes pessoas nas ruas, a atacar todo dentes, as pessoas metidas multidão transeuntes, as pessoas a enfrentarem-se, galos a levantarem luta de galos, a rirem-se, a baterem-se golpear grotescas, a entrechocarem-se, a exagerarem, a confrontarem-se intrapsíquico, isso é raiva ressonância, reverberação da raiva, a radiação vai pelos corredores, a lutar pancadas contra os anjos, a lutar pancadas contra os anjos, a lutar sempre anjos possessão ritual , assim tão pressão ritual assim tão pressão ritual archotes isso consequência labirinto. e se labirinto então ilha, e se archotes então kristalnacht, e se ilha então voar, e se voar então textual, e se texto então espiral, e se espiral então fausto, e se fausto espiral então cadernos de fausto, e se cadernos de fausto então confrontos nas ruas, se confrontos então, se então, então se então se, se então então se então, se ícaro então não ilha minotauro, se cidade então forçosamente labirinto, se raiva então logo fausto pleno, se anamorfose então distorção de um cão, se inumação então fausto no café, se assassinato na rua então fausto outra vez a tomar um drink, se coração centauro então coração sentado, se gasolina então motor combustão velocidade incêndio ruas às curvas e por isso cidades de barriga aberta arder sempre quando automóvel velocidade na beira da estrada.
estava aqui no globo a sair espremido pela caneta, um mapa mundi, uma descompensação agitada, um médium a vomitar corpos intrapsíquicos maleficiência, a vomitar cadáveres nas paredes, isso é estrilhos, as paredes a arfarem metal, as palavras revoltadas, com archotes na mão, as paredes de cimento, as casamatas, essa força que vem do primeiro eu, e a pressão quando raiva, o delírio dos mortos, os mortos na valeta a delirarem os mortos, os mortos na valeta, os postes de alta tensão, a desorganização urbana, as grandes cargas eléctricas suspensas, as nuvens de barulho, as palavras parvas a agitarem-se, os demónios a saírem das vaginas das pedras, as grandes cargas suspensas, a agitação na rua, os mortos nas valetas a incharem de ódio, as pedras e os mortos a brilharem ao luar, o betão nas paredes, as nuvens de barulho, uma fábrica a gemer aços cheia, essa multidão metida ódio nos archotes noite ritual, esse grande ódio primordial, os gritos contra tudo e contra todos, esses comprimidos que fazem crepúsculos, essa raiva que faz guindastes, essa multidão que se reúne e que se agita.
e depois dá-se a despoleta. e depois os civis espalham-se sangue pela rua.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom, como sempre...
Beijinhos, miudo

Anónimo disse...

genial ás vezes, este rapaz


luicide

Anónimo disse...

já não sei muito bem como vim parar a esta página.

Gosto muito do teu trabalho.

Parabens

Santiago santos

http://www.bluedelay.blogspot.com/