abro o frigorífico
o peixe morto
olha angustiado
31.8.08
27.8.08
o esqueleto de zeus

campos de cereais são metálicos
o ofício obsoleto mas arcaico da poesia
acidente rodoviário
a caixa das costelas carbonizada
holofotes de luz suspensos no medo
ratos a resolverem labirintos
machado com gume de lua
caleidoscópio de bactérias
organismos vivos, organismos mortos
espectros, muros, visões
borbulhas de electricidade
natureza morta com deus menor
sol de hidrogénio, lua de pedra
máscaras, tótens, subterrâneos
suspensão de cabeça do avesso
arqueologia do primeiro eu
dissecar um fantasma~
as raízes do cérebro
aleatório deambular
ventoinhas a girar no cimento
o infinito é uma lemniscata
o ofício obsoleto mas arcaico da poesia
acidente rodoviário
a caixa das costelas carbonizada
holofotes de luz suspensos no medo
ratos a resolverem labirintos
machado com gume de lua
caleidoscópio de bactérias
organismos vivos, organismos mortos
espectros, muros, visões
borbulhas de electricidade
natureza morta com deus menor
sol de hidrogénio, lua de pedra
máscaras, tótens, subterrâneos
suspensão de cabeça do avesso
arqueologia do primeiro eu
dissecar um fantasma~
as raízes do cérebro
aleatório deambular
ventoinhas a girar no cimento
o infinito é uma lemniscata
19.8.08
orações insubordinadas

crepúsculo infra-humano
sussurros em forma de pântano
caveira e flores sobre tela
sangue de silício, inflorescências
uma estátua feita de raiva, paúis
estuários, paisagens planas,
perturbação vertical encorpada
guindastes de fibromialgia
pessoas a agredirem-se verbalmente
uma casa inchada de mortos
antigos combatentes a pedirem pelo chão
armas num céu de nuvens
a espécie de autismo que é escrever
palmeiras de congestão, céu vomitado
insqueiro e perfume ao lado de livro
pessoas felizes na rua passam
circuitos electrónicos, o sangue octogonal
batráquios exdrúxulos e divertidos
harpa, regato e luz no bosque
gemidos extraterrestres, nós rodoviários
a poesia está num país inacessível
sussurros em forma de pântano
caveira e flores sobre tela
sangue de silício, inflorescências
uma estátua feita de raiva, paúis
estuários, paisagens planas,
perturbação vertical encorpada
guindastes de fibromialgia
pessoas a agredirem-se verbalmente
uma casa inchada de mortos
antigos combatentes a pedirem pelo chão
armas num céu de nuvens
a espécie de autismo que é escrever
palmeiras de congestão, céu vomitado
insqueiro e perfume ao lado de livro
pessoas felizes na rua passam
circuitos electrónicos, o sangue octogonal
batráquios exdrúxulos e divertidos
harpa, regato e luz no bosque
gemidos extraterrestres, nós rodoviários
a poesia está num país inacessível
11.8.08
quartzo profundo

o alfabeto da memória
beber chá e acreditar no futuro
fungos agigantam-se na escuridão
noite rebitada ao passado melancolia
o canteiro onde florescem traumas
ondas obsoletas nas falésias
o caminho sobe sofre sempre
destroços antigos, náufragos fantasmas
a morte afogada de boca aberta
a sobrevivência dos mais fortes
a vida depois da morte
os dias são covas no espaço-tempo
praças metafísicas sem ninguém
cavalos e bispos, damas e valetes
luz com dificuldades em falar
objectos voadores não identificados
a inteligência neurótica de um remoinho
costas curvadas debaixo das recordações
a dificuldade em desaguar
primaveras rochosas, verões de granito
e, por isso mesmo, o quartzo profundo
beber chá e acreditar no futuro
fungos agigantam-se na escuridão
noite rebitada ao passado melancolia
o canteiro onde florescem traumas
ondas obsoletas nas falésias
o caminho sobe sofre sempre
destroços antigos, náufragos fantasmas
a morte afogada de boca aberta
a sobrevivência dos mais fortes
a vida depois da morte
os dias são covas no espaço-tempo
praças metafísicas sem ninguém
cavalos e bispos, damas e valetes
luz com dificuldades em falar
objectos voadores não identificados
a inteligência neurótica de um remoinho
costas curvadas debaixo das recordações
a dificuldade em desaguar
primaveras rochosas, verões de granito
e, por isso mesmo, o quartzo profundo
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