12.10.05

um valor de sempre: a amizade

hoje
descia o chiado,
quando um antigo companheiro
de charros, de copos, da night
(um daqueles que enlouquecíamos
na vertigem das horas noctívagas
e enlouquecíamos a filosofar,
a conversar e a cantar)

hoje
eu ia às compras,
descia o chiado,

ele mendigava.
virei a cara
e não lhe falei.

26 comentários:

Anónimo disse...

às vezes os poemas chegam a ter uma espécie de turning point. tão lirico, amoroso o teu poema, e de repente, a crueza. continuo apreciar a coragem da tua expressão escrita e, como sempre, impecavelmente escrita - uma delicia! :):):)

beijinhos, rafa :):):)

rafael disse...

psiu, dei uma polidela no fim do poemito, acho que ficou mais escorreito. ficou a moer-me ... o final não tava ainda no ponto (acho eu).

bem, obrigado pelo comentário... eu não sei se mereço os teus comentários.

Lu disse...

É triste...
Muito triste...
E ao mesmo tempo tão real...

Anónimo disse...

:) os meus comentários estão na minha medida justa... "não se aceitam reclamções" lol :)

:)ainda sobre o poema. a aversão ao estado perceptivel de destruição. impulso de vida.

:)beijinhos :)

Anónimo disse...

errata:
reclamções=reclamações

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Desci a Almirante Reis, olhei e vi...ia estacionar...e fui...a moeda no fundo da carteira, e ele sem futuro ali...

Anónimo disse...

o mundo pode ser de outra maneira


Pi:) beijo

Anónimo disse...

Dei a mão ao amigo, levantei-o e mostrei-lhe o horizonte. Então o amigo apagou o mendigar com um sorriso e seguimos...

Anónimo disse...

boa merda maria, é sempre bonito dizer isso, mas não é isso que acontece.

Anónimo disse...

Fizeste bem Rafael. Ainda te cravava um cigarro ou pedia-te uma moedinha! Se eu mandasse mandava exterminá-los. Onde é que já se viu, essa gente a incomodar visualmente cidadãos honrados como nós?! (",)

Anónimo disse...

era preciso que ele quisesse a mão... se calhar até houve o momento da mão, mais aí estavam todos surdos... depois era tarde demais. perde-se tanto tempo com merdas e nunca ouvimos realmente as pessoas nos momentos é que começa a musica subtil e desafinada...

Anónimo disse...

foda-se pá! forte, fraco, natural, cruelmente natural.
(é quando mereces a minha amizade que eu sinto não merecer a tua, que eu escorrego para a solidão, e me sinto talvez mendiga - mas num mendigar diferente, mais louco)

MMMNNNRRRG disse...

granda cabrão!
é assim que se mostra a falta de solidariedade deste Novo Milénio!
granda filha-da-puta!
devias era ter vergonha de ver um irmaão na rua, ó caralho!
francamente pá!
devias ter vergonha... ao menos não fazias desta situação Arte e não publicavas, não é?

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Querubim beijo :)

Anónimo disse...

caralho

Carlos Gouveia disse...

Cru. Duro. Uma imagem de cor, de recordação de vida a acabar na tragédia da mesma imagem, sem cor, sem olhares.

Anónimo disse...

vão para u caralhu prá puta que vos pariu

iu. iu.

Anónimo disse...

para o caralhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

T disse...

seus chatos.

Anónimo disse...

cacete! um soco.

beijo daqui, rafa.

Anónimo disse...

épa o condutor, é sábio!!! ;D só faltava agora viver numa de maniaco-depressivo por causa do trabalho!!!

Anónimo disse...

Bonc! Spank! splash!!

Anónimo disse...

uuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Anónimo disse...

iá!

Anónimo disse...

karalhu, para que é a arte afinal??!!! para que é a arte, karalhu?'!!! alguém me pode responder, por abséquio?!!!



(por obséquio lol)

um osculo a todos(as) lol

Anónimo disse...

u caralhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu