15.2.08

bairro alto

olhos esbugalhados de cerveja

conversa histróinica e incorente

mesas para fumadores

andaimes de metal na noite

empurrados pelo vento tempo cronos

grupos desnorteados a palrar

as ruas descem ao rio

as prisões estão completas

táxis passam

os sonhos foram desbaratados

as ruas cambaleavam fachadas

um jovem homem aos berros

as luzes da cidade como archotes

o dia de amanhã é um vórtice

as mesas são quadradas

uma parede de gente ruidosa a rir

a minha inquietação de sempre

o medo do que está no futuro